Sunday, October 08, 2006

Confidências


Quando eu era criança pequena lá em Castanheiras!

Como já disse, nasci em Castanheiras, na zona rural. Foi na propriedade do seu Feliciano, um senhorzinho simpático, que mora lá sozinho, com meus pais-cães e meus irmãos que ficaram por lá. Tenho sangue de cão paqueiro, como se diz aqui de cães que gostam de caçar.
Nasci no galinheiro. É verdade. Eu sei, eu sei. Nascer no galinheiro é coisa para pintinhos, patinhos e esses bichinhos de pena. Mas fazer o quê? Minha mãe-cã achou lá, o melhor lugar.
Quando minha mãe-humana foi me buscar, eu estava apenas com um mês de idade, não estava desmamado ainda. Mas seu Feliciano precisava nos dar, pois mãe-cã estava muito debilitada e precisava de cuidados especiais.
Bom, foi assim que vim para a cidade. Não é como Baby- O Porquinho em NY, mas fui morar na cidade de Rolim de Moura. Ao chegar na minha casa nova, quantas novidades!

Eu ficava dentro de casa, num quarto só para mim. E esse quarto não tinha terra no chão. Quanto luxo para quem nasceu no galinheiro.

Mãe-hum fazia um mingau para mim e me dava na mamadeira. Pai-hum, filhoteiro que só, não me tirava do colo.

Mãe-hum viu que eu estava com um problema de pele e foi fazer o tratamento. Segundo ela, que é médica de seres da minha espécie, disse que era fungo. E tirou todo o meu pêlo afetado!

Pai-hum ficou doido! Achou que mãe-hum tava exagerando. Que nunca mais iria crescer pêlo em mim novamente.

E eu então?

Numa casa nova, com um monte de gente e irmãos desconhecidos e ainda por cima, pelado!

Além disso, tinha que passar uma pomada gelada, todo santo dia. E quando mãe-hum achava outro local afetado, arrancava o pêlo de novo. E doia viu!

Foi um mês de tratamento e 3 meses para meu pêlo voltar ao normal.

O que a gente não faz para ficar lindo!

Como era pequeno, ficava só com o gato Zé dentro de casa. E o Toko e a Madonna ficavam no quintal. Além disso, nós tinhamos uma babá, a Dyanne, que passava os dias conosco, pois nossos pais-hum trabalham e não podiam deixar-nos sozinhos. Quem iria dar a minha mamadeira das dez?

Foi uma infância boa. Diverti-me bastante, apesar da falta de pêlo. O gato Zé, merece um post específico, pois foi a minha introdução ao mundo felino.
PS: Adorei o termo Lambeijoca mandado pela Ana. Ana: Muitas lambeijocas para vc também.

2 Comments:

At Mon Oct 09, 05:54:00 PM, Blogger Lilica said...

Kadu, esta sua mãe humana é especialista mesmo em doenças esquisitas, então relaxa. Ela até cuida de mim, que nem cachorra sou, hehehe.

Beijinhos

 
At Mon Oct 09, 06:42:00 PM, Anonymous Anonymous said...

Tia All ( se é que posso chamá-la assim!). Minha mãe-hum é figura mesmo. Ela faz inspeção na gente todo santo dia. Parece aquelas macacas , catando piolho nos filhotes. Têm que se ter paciência!

 

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